Não! Você não acreditou mesmo que fosse me compreen-der, entender o que se passa em minha cabeça valendo-se das suas revistas femininas, valendo-se dos depoimentos das suas amigas, valendo-se dos artigos do tipo "Saiba tudo sobre o seu homem", "Como entender a vontade do seu amor", "Como conquistar um homem em dez passos" – Ei! Não estamos falando de como pintar a sua unha ou como se maquiar para a noite, ou ainda como controlar o efeito de cabelo armado – então como pode haver dez passos, cinco passos, 'quaisquer que sejam' passos? Não! Isto não é um sonho e nem algum efeito das muitas orações, pedidos, promessas, penitências que você tenha feito para tudo o que é santo, canonizado ou não, cristão ou hindu... É apenas um momento, um momento em que um homem se revela para sua mulher para que ela o conheça de verdade; um momento em que um homem tenta compreender a si mesmo na medida em que se explica para aquela que o quer conhecer, que pra ele também é um mistério. Este é um tratado de confidência. Uma carta de alforria, quando ambos se libertam.