A Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos fez uma pesquisa para saber qual livro teria influenciado mais a vida das pessoas. O resultado deixa evidente a importância de nossa autora: a Revolta de Atlas, de Ayn Rand, ficou em segundo lugar, perdendo o primeiro posto somente para a Bíblia. Mas, Rand não é apenas um fenômeno editorial, com milhões de livros vendidos todos os anos mundo afora. Trata-se de uma filósofa que ultrapassou as barreiras de uma elitizada cultura intelectual e fez questão de falar a todos, bem ao gosto dos filósofos gregos que estavam pelas praças públicas a discutir, a dialogar. Rand e a sua doutrina objetivista estão no cinema, na música, no teatro, nos programas de TV, nos quadrinhos e até nos jogos eletrônicos. Estranho, portanto, pensar que a filosofia randiana seja praticamente ignorada no Brasil. Talvez a nossa longa tradição estatizante e nosso apego tradicional ao altruísmo explique, mesmo que em parte, tal fenômeno. Rand não é apenas importante para que tenhamos uma nova visão de mundo e de indivíduo. Em terras brasileiras, a sua vida e o seu pensamento são verdadeiramente fundamentais.