AUTA ROSA foi uma jovem negra, descendente de escravos e escravas. Passou a morar na casa de seu padrinho Jerônimo Antônio da Cunha e Silva, capitão da guarda nacional, e sua também madrinha Amélia Avelino da Cunha e Silva. Ali chegou conduzida por sua tia, que se chamava Maria Casca Preta. Auta Rosa foi contaminada pela tuberculose, porque tratava os doentes como se fossem filhos. E quando morreu, foi enterrada fora do cemitério, porque, conforme o pensamento da época, ela tinha os três ps : preta, pobre e era considerada prostituta. Por isso e outros motivos, Auta Rosa tornou-se objeto de preconceito e discriminação social. Após a finitude de sua história de vida, sofrimento e morte, ela passou a fazer parte da religiosidade popular local.