Aqui você encontrará o resultado de um estudo que compara a existência da atitude em relação à Matemática em quatro grupos amostrais, compostos de sujeitos voluntários de instituições escolares públicas e privadas, escolhidas por conveniência. Apresenta importância de uma investigação comparativa, com cortes transversais, onde se verifica a existência e o tipo de atitude em relação à Matemática de estudantes de cursos de licenciatura e professores em exercício. Apresenta o modo como o constructo atitude foi sendo gradativamente alterado como conceito psicológico e aponta diversos enfoques adotados na busca de melhor compreensão da natureza, da mudança e da medida das atitudes. Destaca a importância da combinação de resultados obtidos por meio da análise de dados de natureza quantitativa e qualitativa o que permite a comparação das atitudes em diferentes momentos da formação inicial e do exercício profissional. Foram constatadas diferenças na medida de atitudes em relação à Matemática. Essas diferenças apontaram que professores com 1 a 10 anos de experiência tem atitudes mais positivas que professores com mais tempo de exercício profissional. As atitudes em relação à Matemática se modificam durante a formação inicial e também no transcorrer da atividade profissional. Resultados da análise qualitativa de respostas às perguntas abertas de vários instrumentos e de respostas às perguntas da entrevista oral corroboram resultados da análise quantitativa e sugeriram pistas para a explicação da mudança de atitude nos grupos amostrais. Os resultados permitiram ajuizar que, ao ingressar no curso de licenciatura, houve mudança de atitude em relação à Matemática (de positiva para negativa). É possível que uma atitude positiva em relação à Matemática tenha contribuído para a escolha da licenciatura, mas as experiências vivenciadas logo no início do curso alteraram essa atitude.