Associativismo e democracia nos Conselhos Regionais de Campo Grande – MS: disputas, demandas e resultados é resultado de um estudo de caso que visou explorar a atuação, influência e a potencialidade do associativismo comunitário nos resultados dos Conselhos Regionais de Campo Grande – MS, tendo como pano de fundo a efetividade, assumida como um dos efeitos democrático do associativismo. Os Conselhos Regionais definem-se como instâncias participativas consultivas, criadas em 1998, pelo então prefeito André Puccinelli, do PMDB, como espaços de consulta à população e estreitamento das relações entre o Executivo e a comunidade, sendo formados especialmente por atores do associativismo comunitário, como associações de moradores, clubes de mães e associações comunitárias. Entidades dessa natureza constituem a base dessa instituição participativa, que apresenta grande autonomia, sem a participação do Executivo no processo de discussão, seleção e apresentação das prioridades regionais. Nesse cenário, a presente investigação busca situar os Conselhos Regionais, enfatizando o contexto de seu surgimento, sobretudo a partir de atores específicos. Seguindo nesta direção a abordagem responde algumas questões como: qual o perfil dos atores do associativismo comunitário inseridos nos Conselhos Regionais? Como eles atuam, percebem e contribuem para os resultados desses espaços? E, enfim, podem, à luz da teoria normativa, serem considerados potencialmente democráticos? Os questionamentos apontados buscam iluminar essa abordagem, contribuindo para o debate emergente, especialmente no que tange a efetividade das instituições participativas.