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Assassinato na literatura infantil

Assassinato na literatura infantil

Sinopse

A mãe do gordo funda uma Sociedade Cultural com sede no bairro de Vila Madalena que é uma região intelectual da cidade de São Paulo e oferece o troféu Visconde de Sabugosa para o escritor que fizer o melhor livro infantil. Além do troféu, o vencedor (ou vencedora) receberá cem mil dólares oferecidos pelo pai do gordo. Um júri de seis intelectuais vai decidir entre os cinco escritores finalistas quem levará o troféu e o dinheiro. A decisão será tomada publicamente no palco da Sociedade Cultural onde cada jurado dará o seu voto numa cerimônia muito chique, na frente de um grande público. A mãe do gordo, como presidente da Sociedade Cultural, é a mestre de cerimônias, fazendo as apresentações ao microfone. Se houvesse só a votação e a entrega do prêmio, o tempo ia ficar muito curto. Então na primeira parte do espetáculo são passados no telão cinco pequenos filmes de dez minutos cada um contando um pouco da vida de cada escritor finalista. Aí tem um intervalo, o público vai para o salão de festas, toma vinho branco gelado, come salgadinhos, faz conversinha de festa, e depois volta para a plateia. Dona Celeste anuncia que a votação vai começar e ela começa. Os cinco escritores finalistas, cada um com a sua torcida e suas faixas de "já ganhou" na plateia, estão muito nervosos. Agora, pelo título, o mais distraído leitor já adivinhou que alguém vai levar um tiro na cabeça.

Autor

João Carlos Marinho nasceu no Rio de Janeiro em 25 de setembro de 1935, mudando-se logo para Santos, onde cursou o primário no Ateneu Progresso Brasileiro. Fez o ginasial em São Paulo no Colégio Mackenzie, mudando-se depois para Lausanne, na Suíça, onde cursou o colegial e obteve o diploma da Maturité Fédérale Suiça. Voltando ao Brasil, fixou residência em São Paulo e diplomou-se em Direito pela Faculdade do Largo de São Francisco (USP). Uma vez formado, passou a advogar em Guarulhos, onde foi titular do famoso escritório de advocacia trabalhista J. C. Marinho até 1987, quando voltou a morar em São Paulo e deixou a advocacia, passando a viver exclusivamente de direitos autorais. Em 1969, quando ainda advogava, publicou o livro O Gênio do Crime, que tornou-se um clássico da literatura infantil brasileira, já tendo folgadamente passado a marca das sessenta edições. Daí para frente foram surgindo os outros livros da turma do gordo, no total de treze até hoje. Pelo livro Sangue Fresco, o autor recebeu o Prêmio Jabuti e o Grande Prêmio da Crítica (APCA). O livro Berenice Detetive foi agraciado com Prêmio Mercedes-Benz, um dos mais importantes prêmios já destinados a obras infantojuvenis no Brasil. Escreveu ainda quatro livros para adultos. O Gênio do Crime foi levado para o cinema em 1973, em filme dirigido por Tito Teijido e que leva o nome de O Detetive Bolacha contra o Gênio do Crime. O Gênio do Crime também foi traduzido para o idioma espanhol com o título de El Genio del Crimen.