Ao realizar uma abordagem histórico-cultural de três literaturas de viagens europeias ao Brasil, o autor evita a biografia laudatória, a explicação economicista ou a crítica literária, enfatizando permanências e mudanças, explícitas ou sutis, em diferentes formas de descrição do país. Obras do calvinista Jean de Léry, fascinado pela língua tupi-guarani; do padre jesuíta André João Antonil, pragmático em sua análise das riquezas nacionais; e do aventureiro Richard Francis Burton, com uma inesgotável energia para compreender e classificar tudo o que via no Novo Mundo, são analisadas como autênticas e complexas percepções da realidade, que abarcam do século XVI ao XIX.