Desde criança, percebi que o mundo visível era apenas a superfície de um oceano de sentimentos e histórias não contadas. Cada pessoa, por mais transparente que parecesse, carregava consigo um universo particular de segredos. Pequenos ou grandes, alegres ou dolorosos, esses mistérios moldavam suas ações, seus silêncios e, por vezes, até seus olhares. A infância e a juventude, com suas descobertas e inseguranças, eram terrenos férteis para o surgimento e a ocultação desses segredos, tecendo uma complexa tapeçaria da realidade humana.