O livro procura identificar o Estado de Exceção permanente que permeia a Cracolândia e como o direito paradoxalmente pode "cuidar" e reprimir a vida dentro das "paredes" dessa grande "cidade" inserida, no enfoque da presente pesquisa, das metrópoles. De acordo com a complexidade apresentada por esse espaço urbano, os resultados parciais são presenciados na necessidade de reformular a análise da aplicação e da centralidade do Estado frente à cracolândia, pois, diferentemente do que se percebe, os mecanismos normativos estão incrustrados (e não ausentes!) nas relações e nas tensões da cracolândia, mediando práticas de repressão e cuidado das pessoas que usam tal espaço.