Renato Ortega ousa desvendar o enigma Bertolt Brecht, um ícone da dramaturgia do século XX, em seu livro: "As engrenagens por trás de 'A vida de Galileu': o intelectual em Bertolt Brecht". Ortega cruza fronteiras teóricas, unindo história e ficção para vender o impacto revolucionário de Brecht. Ele explora a capacidade da arte de comunicar verdades profundas que a história muitas vezes não pode capturar.
O autor alemão, Brecht, serve como ponto de partida para Ortega, que entrelaça os discursos da história e da política para pintar um panorama da vida do dramaturgo. Focando na peça "A vida de Galileu", Brecht coloca o cientista Galileu no centro das lutas políticas de sua época.
Brecht escreveu três versões de sua peça ao longo de décadas tumultuadas, refletindo uma evolução em sua visão sobre o papel do intelectual. O conflito entre o conhecimento científico e o poder político é explorado de forma contundente, culminando na dolorosa reflexão de Galileu sobre a entrega de seu conhecimento nas mãos dos poderosos.
Ortega destaca que, ao contrário de um intelectual burguês, Brecht molda um Galileu que antecipou a sociedade em gestação nos debates científicos de sua época. O livro oferece uma análise profunda das complexas relações entre história, política e a busca do intelectual por verdades universais, lançando luz sobre a herança duradoura de Bertolt Brecht como um visionário do teatro e da crítica social.