Conversar com Deus: Esse é um desejo muito antigo e que não se esgota, como uma síndrome de Adão.
Esse é meu segredo (ou era), e essas minhas conversas ganham forma em alguns diálogos em que às vezes sou eu que falo e em outras, é Deus falando
E juntos andamos anônimos fazendo da vida um jardim de conversas. Em linhas carregadas de espiritualidade, a beleza de Deus ganha feições humanas numa linguagem poética, descobrindo a ternura e a generosidade de um Deus que se deixa conhecer.
Quando quero ouvi-Lo, eu escrevo e O ouço dizer que quando quer falar comigo, Ele escreve, vibrando minhas mãos, se misturando em minhas palavras, mergulhando em minha alma. Nem sempre sei se sou eu que escrevo e Ele escuta em sua leitura silenciosa, ou se é Ele que escreve e deixa que eu repita sua fala em breves registros.
De toda forma, no final de cada conversa, tudo parece dito e volto ao silêncio daquele que também silencia.
O livro "As Doze Horas de Jesus" é isso, uma conversa rezada, ou uma reza conversada, e nosso assunto é Jesus, sempre cheio de vida e de ressurreição.