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As alegrias do desterro

As alegrias do desterro

Sinopse

Somos todos náufragos de um barco chamado Capital que foi a pique num mar de cifras. O pior são os loucos sem diagnóstico. Não contem comigo para disfarçar e esconder a feiura do mundo. O Facebook é o paparazzi dos anônimos. Pariram-nos para sermos o caviar dos vermes e o adubo racional da terra. O fim do mundo não é um momento; é um processo. Estamos em pleno fim do mundo. Na germinação do mal, a inveja está em algum lugar do embrião. Há seres humanos que não têm mais alma, só têm o sistema nervoso central e o periférico. Todos lambem o Capital como única alternativa para o paladar. As drogas e a putaria deveriam fazer parte do PIB. Os outros são moscas sobre a minha angústia Não perfume a ferida. Cure-a ou adote-a. Todos os que morrem são maravilhosos porque ninguém tem inveja de gente morta. Os cabelos brancos jamais me cobrirão a alma. Nenhum homem excitado está em seu juízo perfeito. Já se foi o tempo do narcisismo. Hoje assistimos ao advento do pavonismo. Não são os comunistas que comem criancinhas; são os padres. Quando disserem que estás louco, é bom sinal. Só não te deixes internar. Não há pódios para tantos campeões. Livros sagrados são muito perigosos. O romantismo é um efeito colateral da testosterona. Desgraçadamente, ainda não existem hospícios para empresas e instituições. Livrar-se da solidão é livrar-se de si mesmo. Dê um susto no seu medo. O útero é a sala VIP do inferno. Se a vida terminasse com um beijo de Deus, seria mais que um happy end, seria a morte de milênios de saudade. Ele preferia vaginas acéfalas. A solidão assusta, mas desperta. A convivência conforta, mas entorpece.