Em seu processo evolutivo, o homem necessita do meio físico para realizar as suas ações e se depara com as determinações do espaço: barreiras e permeabilidades como limitações ou possibilidades ao seu movimento. As sociedades transformam-se e transformam a arquitetura para que esta melhor se adeque às motivações sociais, o que imprime na configuração do espaço aspectos da cultura e da história. "Arquitetura em Transformação" é o resultado de um estudo acadêmico, uma análise das relações entre o processo de verticalização residencial e a configuração urbana, valendo-se da "Teoria da Sintaxe Espacial", de Bill Hillier e Julienne Hanson. Especificamente, uma investigação de padrões recorrentes na evolução do adensamento residencial vertical, pela maior probabilidade de localização das edificações na malha viária e como certos processos sociais podem influenciar essas formações urbanas. O trabalho tem como cenário uma fração da região nordeste de Belo Horizonte – MG, observando-se, por aferição, a intensificação do uso do solo entre 2002 e 2017. Faz-se uma comparação do desempenho da configuração urbana ante três momentos distintos de aceleração imobiliária identificados nesse período, sobretudo, o expressivo "boom" vivido na cidade entre 2008 e 2014. É uma análise local, mas que observa aspectos globais e sistêmicos. O resultado desta pesquisa revela um interessante alinhamento entre as Ordens Social e Arquitetônica.