Nestes trechos, Moreira de Azevedo narra a fascinante história da construção do Aqueduto da Carioca e do Chafariz da Praça de Dom Pedro II, revelando as dificuldades técnicas, disputas políticas e transformações urbanas que moldaram o Rio de Janeiro no período imperial. Muito além de obras hidráulicas, esses monumentos expressam o esforço da cidade em prover infraestrutura para uma população em crescimento, ao mesmo tempo em que se tornavam símbolos do poder público e da modernização.
Em meio a esse pano de fundo, o texto cruza episódios centrais da história brasileira, como a abdicação de D. Pedro I, a formação da primeira regência e a antecipação da maioridade de D. Pedro II. Com precisão histórica e riqueza de detalhes, Moreira reconstrói o cotidiano de uma cidade em ebulição, marcada pela tensão entre tradição e mudança, fé e política, natureza e urbanização.