As práticas corporais de aventura sempre estiveram presentes no cotidiano das pessoas. Elas assistem, vivenciam ou presenciam pessoas se locomovendo de skate, bicicleta ou patins pelas ruas, com objetivos de trabalho ou lazer; nos passeios à praia, visualizam surfistas em suas pranchas; nos programas de televisão, assistem ao rapel, à tirolesa, às trilhas ecológicas; em alguns espaços de entretenimento, vivenciam atividades nas paredes de escalada, entre outras.
Esses elementos da cultura, por sua vez, podem ser problematizados dentro do espaço escolar de forma prazerosa e significativa, e, mais do que isso, podem ser sistematizados e ensinados de modo crítico nas aulas de Educação Física.
A partir da oficialização da Base Nacional Comum Curricular (2018), as práticas corporais de aventura foram instituídas como unidade temática para o ensino nos anos finais (6º ao 9º ano) na disciplina de Educação Física, a qual se apresenta em dois segmentos: práticas corporais de aventura urbana e práticas corporais de aventura na natureza. Porém, essas práticas podem ser ensinadas em todos os segmentos da Educação Básica, nos cursos extracurriculares e comunitários, e nas propostas vinculadas ao lazer.
O objetivo desse livro é o de relatar as experiências reais dos professores(as) de diferentes regiões do BRASIL sobre o tema na Educação Básica e a formação dessa prática nos cursos de licenciatura em Educação Física, permitindo reflexões e atualização de conhecimentos para os professores atuantes e/ou em formação.
É importante salientar que as atividades aqui propostas devem ser adaptadas ao contexto da população atendida e da instituição escolar em relação às estratégias, espaços, materiais e temas emergentes.
Boa leitura!
Francisco Finardi
Carla Ulasowicz