Em meio a objetos, documentos e lembranças, a filha inicia um processo de reconstrução do pai pela memória. À primeira vista, a imagem do pai parece estar resumida às frustrações profissionais, aos vícios e à violência doméstica. Mas, com o desenrolar da narrativa, emerge uma figura mais complexa e, por vezes, ambígua: um homem afetivo à sua maneira, marcado por sonhos frustrados, preso em uma cadeira de rodas e tomado por uma solidão acachapante, consequência de uma doença terminal.