Quando se trata de amor, Anjo Perverso se torna um diferencial, pois o amor é descrito de forma densa, revelando um romantismo que vai além do corpo e mais que o toque da magia carnal, descreve o dia a dia dos amantes onde a conquista e a perda são os dois lados da mesma moeda. Roberto das Flores revela nesta obra as chagas do coração quando se perde o ser amado.
Parece que o poeta é a extensão de suas poesias, transformando os sentimentos em palavras e estas em versos. Assim, o Anjo Perverso se desliza por entre as palavras como um dicionário, escancarando a plenitude do amor e do prazer. O sofrimento é descrito nas cenas oportunas da paixão humana: O Adeus, Casa Solitária, e Poesia Título são exemplos da plenitude e do lirismo do autor.
Nas obras líricas, o poeta se refere à vida de forma vibrante e emoldura a paixão pela natureza e a vida no aspecto grandioso do universo, onde até a imensidão, ou o infinito, curva-se para dar passagem ao amor, o que se sustenta são as verdades, são as coisas que vai no coração. Anjo Perverso é uma obra referencial que, nada mais, nada menos, deixa os versos justificarem o título da obra.