Em "Anedota do Cabriolet", o desaparecimento do antigo cabriolet serve como ponto de partida para uma narrativa que combina ironia e melancolia. A lembrança desse veículo, outrora comum nas ruas do Rio de Janeiro, introduz o ambiente em que um sacristão da igreja de São José é chamado a cumprir uma tarefa solene: levar a unção dos enfermos a dois moribundos na casa do comendador Brito. O episódio, que começa com a simplicidade de um dever religioso, toma outro rumo quando o sacristão se depara com a história inesperada dos doentes. A cena, permeada por contrastes entre a gravidade do rito e o desenrolar das circunstâncias, revela um encontro surpreendente, em que a solenidade da ocasião cede espaço à ironia e à estranheza.