A partir da década de 1960, houve avanço nas pesquisas que metodologicamente tinham como objeto de estudo o próprio comportamento, isto é, aquilo que os organismos fazem, incluindo comportamentos-problema, ao invés de manifestações sintomáticas de estruturas mentais inobserváveis não reveladas em exames laboratoriais. Por conseguinte, dizer que uma pessoa é portadora de um diagnóstico devido a fator genético, fisiológico ou mental ao invés de investigar a relação deficiente entre o seu comportamento e a contingência de reforço a que ela está exposta, obscurece a base conceitual e empírica da Análise do Comportamento. Em 1968, assiste-se o início oficial do campo Applied Behavior Analysis (ABA) e, correspondentemente, da primeira edição do Journal Applied Behavior Analysis (JABA) que publicou resultados de pesquisas aplicadas em diferentes contextos. Nas últimas décadas, as pesquisas em ABA, quer no JABA ou em outros periódicos da área, vêm crescendo exponencialmente, seja em relação ao número de praticantes, seja na extensão das aplicações dos métodos e princípios comportamentais utilizados. Seria pertinente ressaltar que a melhor prova de que a ABA tem algo de importante a oferecer é o sucesso de suas aplicações tecnológicas. Essas aplicações produziram resultados socialmente importantes para uma variedade de comportamentos-alvo, emitidos por diferentes indivíduos em uma diversidade de ambientes em que suas tecnologias foram empregadas. O presente livro busca disseminar essa abordagem indutiva da ciência do comportamento, ampliando o acesso a estudos aplicados em pessoas com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) e em caso com lesão frontal.