O presente livro aborda a relação das ações da escola com o analfabetismo funcional. O termo é definido como a incapacidade que algumas pessoas têm de entender o que acabaram de ler, assim como, fazer uso da leitura e da escrita em situações do cotidiano, dificultando seu desenvolvimento pessoal e profissional. O interesse pelo tema ocorreu ao observar que uma parcela significativa de alunos das escolas brasileiras encontra-se em situação de fracasso escolar. Tal fato se reflete em publicações, como as divulgadas pelo INAF (Indicador Nacional de Alfabetismo Funcional), que demonstram que grande parte da população brasileira encontra-se na condição de analfabetos funcionais. O presente trabalho teve o objetivo de investigar o que a produção acadêmica - dissertações e teses - tem obtido sobre o analfabetismo funcional e sobre alfabetização e letramento, e como essas produções avaliam a eficácia dos métodos de alfabetização. O respectivo trabalho também procurou analisar pesquisas realizadas em universidades brasileiras, que discutissem a relação do aluno com o saber, formação de professores e políticas públicas relacionadas à alfabetização e ao letramento e expõe, ainda, uma breve história da educação brasileira. Apresenta como pano de fundo a discussão teórica entre Capovilla e Seabra e Emília Ferreiro a respeito dos métodos de alfabetização, o que se torna discussão importante para a pauta dos cursos de formação de professores, e ainda para a alfabetização e letramento.