Uma distopia subdesenvolvida, um realismo fantástico subnutrido, uma novela confessional desalentada. Uma periferia da ficção construída na periferia de um país periférico e cada vez mais isolado da civilização. De civilização. Uma pré-história, porque, mesmo com algum passo avante, retrocedemos. Aniquilamos a história. Sem culpa ou memória, livres para repetirmos todos os erros que cometemos e fazemos questão de não lembrar, porém, com as bençãos de um anacronismo descarregado, tecnologia e (é) barbárie. Amputamos (queremos acreditar que nos amputaram) o afeto de nós. Logo o afeto, um órgão vital. Que bom que essa história não é sobre mim ou sobre você, é, sim (por que não?) sobre uma mística ilha, paraíso da democracia e da liberdade, ínsula soberana, chamada Hy-Brasil.