Heyra tem consigo traumas desde os doze anos, quando seu pai Telbhus, envolvido no tráfego ilegal de condenados à fogueira da inquisição para o Novo Mundo, penhorou a pureza da própria filha na compra de um galeão, separando-a de Liv, sua irmã e de Mayla, sua mãe. Levada à uma vila de foragidos do Santo Ofício, encontra Mazhyra, uma cigana que cuidará dela até que seu pai vá buscá-la, ou não. Após algum tempo depois, Heyra é negociada e condenada por bruxaria e sentenciada ao desterro no Novo Mundo. Lá se vê às voltas com selvagens antropófagos e por pessoas condenadas por heresias que junto com ela, sobreviveram a um terrível naufrágio. Esse panorama a colocará diante de si mesma, do amor e do ódio, da fé e da descrença, da esperança e do desespero, da alegria e da dor, sentimentos tão comuns aos destinados ao purgatório dos condenados. Mas é nesse lugar de infortúnios onde seu coração se abrirá para quem mais lhe parecia selvagem: Cuatl um Mexica canibal, que tentará fazê-la novamente sentir vontade de viver.