Os valores familiares e educacionais que moldaram nossa personalidade nos informam e nos fornecem impressões sensoriais que atribuem significados à arquitetura dos ambientes físicos em que vivemos. Cada geração constrói seu ideal de ambientes com base em múltiplas determinantes individuais, sociais e culturais de sua época. Assim, os valores estéticos de cada geração demandam alterações nos padrões arquitetônicos vigentes. A arquitetura enquanto fenômeno e enquanto materialização de espaços construídos torna-se palco para relações entre a pessoa e o ambiente.
Como se manifesta a territorialidade por parte das gerações emergentes em ambientes de escritórios colaborativos contemporâneos? Quais os possíveis impactos da Pandemia da COVID-19 na concepção desse tipo de ambiente? Qual poderia ser a configuração espacial ideal desses ambientes?
Sob o olhar Fenomenológico e da Psicologia Ambiental (PA), interpretando possíveis relações entre os ambientes e seus usuários, as perguntas acima serão respondidas em dois momentos: o primeiro visa buscar, na literatura, subsídios teóricos que descrevam comportamentos geracionais; relações pessoa-ambiente; aspectos fenomenológicos, bem como aspectos ambientais técnico-construtivos de ambientes de escritórios colaborativos contemporâneos. O segundo, por meio de pesquisa de campo, que, pela interação participativa entre pesquisador e participante, aponta possíveis indicativos projetuais considerados ideais para ambientes de trabalho.