Potente. Massiva. Dolorosa. A narrativa de 'Amar em Istambul: dolo(ro)sa premeditação', da autora Diana Di devora o leitor num estranho jogo de influências ignoradas, paixão, obsessão, olhares e conquistas. Lembranças e desafetos costuram uma colcha de vingança, sedução e palavras perigosas. Mas que também fortalece a existência. Se a memória no outro escapa, para aquele que recebe a ferida, permanece. O leitor é conduzido à vida de Charlotte, uma londrina que se mudou para Istambul e conheceu Philip Govier em um curso de escrita criativa. Numa teia de vontades e vingança, a história de cada um se constrói, intrigante e plural. O que encontramos ao fim da jornada é um misto de espanto e reparação. Um prazer de imponência única. Já dizia André Breton em seu livro Nadja, 'A beleza, ou será convulsiva, ou não será.'