Em Amante da Lembrança o sentimento se refugia no sonho, devaneio que se rebela em ficar no passado. É a lembrança inquieta a desassossegar o presente, porque meditação sobre outro instante, embora realidade de alma que sente, sofre, se alegra, rompe a barreira do tempo e parece ver o que já fora visto antes, parece sentir o que já sentira antes ou é só mensagem incerta a criar imagens descomprometidas de calendários e geografias?!
Onde tu estás, onde estarás...
Em que lugar eu me acalmar?
Frivolidade da alma? Devaneio a navegar para além de questões sensíveis?
Eis o tempo puro do prazer sem culpa!