Este Livro pretende responder às seguintes indagações: o Alvissarismo possui em seu corpo sistêmico uma identidade brasileira? O Alvissarismo constitui-se como um sistema de Filosofia Brasileira? O Alvissarismo é uma Filosofia Tupiniquim, isto é, uma Filosofia originalmente brasileira? Para tal empreitada será necessário submeter o Alvissarismo a uma Crítica da Razão Tupiniquim, a fim de que possamos com maior firmeza afirmar ou negar a condição do Alvissarismo como uma Filosofia originalmente brasileira. O Livro ainda apresenta o revolucionário Manifesto Alvissarista, que marca seu valor na roda da história através da atitude radical de rompimento com todas as estruturas elementares do passado da Filosofia Brasileira e Latino-Americana. Essa é a atitude filosófica que caracteriza o Movimento Alvissarista, que pretende romper com o colonialismo filosófico da Academia Brasileira de Filosofia, destruindo assim a nefasta influência do pensamento europeu na formação do pensamento brasileiro e latino-americano, buscando desconstruir o beijo venenoso da Europa no pensamento filosófico originalmente brasileiro, e posteriormente reconstruir o edifício filosófico brasileiro e latino-americano através da busca incessante pela sistematização de uma Filosofia Brasileira e Latino-Americana que tem no folclore a fonte, a origem e a matriz de seu pensamento e de sua identidade, promovendo assim a proclamação da independência da Filosofia Brasileira, sendo, por isso, um marco na história da Filosofia no Brasil, tendo como dia de festa e comemoração a data de sua publicação original em 04 de julho de 2015, que é agora o dia da independência da Filosofia Brasileira. Um dos propósitos principais do Movimento Alvissarista é a inversão especular do modernismo brasileiro através da prática da deglutição de si mesmo ou auto antropofagia do folclore brasileiro, como num processo metafórico em que o brasileiro se mata através de um suicídio narcísico, para posteriormente renascer das cinzas como a Fênix. A Filosofia da Auto Antropofagia pretende que, ao invés de deglutirmos culturalmente o Outro externo, como a Europa e a América do Norte, devemos deglutir culturalmente o Outro interno, caracterizado pelo folclore do Brasil (e da América-Latina), onde está sintetizado a alma do povo brasileiro através do seu sincretismo original entre brancos, negros e índios. Isso quer dizer que não se deve negar ou menosprezar a cultura estrangeira, muito menos copiá-la ou imitá-la; o que devemos fazer é deglutir a nossa própria cultura – o Outro interno -, e não mais a cultura do Outro externo. Este é certamente um dos marcos históricos do Movimento Alvissarista que causa uma ruptura revolucionária na história da Filosofia no Brasil e na América-Latina. A auto antropofagia é um divisor de águas na historia da Filosofia no Brasil e na América-Latina, não apenas pela conscientização da identidade filosófica do Brasil caracterizada pela deglutição de si mesmo num suicídio narcísico onde um novo ser ressurge das cinzas, mas principalmente por promover o conhecimento de si mesmo da sociedade brasileira, deslocando o objeto filosófico do Outro externo para o Outro interno. O Movimento Alvissarista faz o Brasil olhar a si próprio no espelho da cultura popular, e achar-se belo, sublime, a ponto de, num suicídio narcísico, devorar a si mesmo para posteriormente renascer das cinzas como a Fênix.