Elas abriram as portas, driblaram o amadorismo e descobriram o sucesso.
Com entrevistas muito especiais, os ícones de uma geração narram muito mais do que histórias. A luta contra o preconceito, os primeiros passos no profissionalismo, a primeira participação olímpica e muito mais.
Era uma época difícil, na qual o chamado esporte olímpico era realmente amador.
Mas essa incrível geração, cheia de talento, carisma e charme, mudou o rumo da modalidade. Com a repercussão do título Sul-Americano em 1981 (depois de cinco títulos seguidos do Peru) e principalmente do Mundialito do Ibirapuera, em 1982 – ambos transmitidos pela TV aberta –, aí tudo definitivamente mudou. Com grande apelo de mídia, com a liderança e a coragem do narrador Luciano do Valle e de empresários como Antônio Carlos de Almeida Braga, o vôlei decolou.
Elas viraram nossas musas, ditaram moda, quebraram paradigmas e despertaram definitivamente a paixão do brasileiro pelas "meninas do vôlei".
A incrível Isabel, que marcou essa geração em todos os sentidos. Cheia de atitude dentro e fora da quadra. Uma atacante de bolas de ponta como poucas na nossa história e uma mulher como poucas eu vi na vida.
Vera Mossa, nossa Rock Estrela. A grande ponteira passadora da sua geração, craque, musa e uma inspiração pela elegância em quadra.
Jackie Silva encarou nossos dirigentes, descobriu e reinventou o vôlei de praia, foi um gênio.
Os Deuses do vôlei premiaram a nossa história ao dar a ela e Sandra o primeiro ouro do esporte olímpico feminino do Brasil. Ninguém até hoje no vôlei brasileiro tratou tão bem a bola.
Depois de ler o livro, você vai descobrir que essa paixão não é de agora, e que tem motivos especiais para existir.
Marco Freitas