Almessência ou o pensamento que sou, primeiro romance de Luiz Thiago Mangini, retrata a jornada emocional de um indivíduo que descobre uma aptidão extraordinária: jogar xadrez. O enredo acompanha as transformações que ocorrem na vida do protagonista e no mundo que o cerca.
Ao final dos anos 1920 na cidade do Rio de Janeiro, capital, João Tadeu é um menino de oito anos, como tantos, e mora no bairro de Santa Teresa. O Largo das Neves, onde fica sua residência, está a menos de cinco quilômetros do centro da cidade e do Catete. Em sua casa há jardim, horta, pomar... e galinhas.
O que uma bolada e um jogo podem fazer com a cabeça de um garoto?
João cresceu e é um homem comum, do povo. No entanto viu-se como destinatário de uma epifania que lhe gerou fagulha vivaz. Será o talento para o xadrez fonte das alegrias e dores de sua existência? Diversos acontecimentos vão sendo vividos por JT no mesmo passo em que ele e o mundo vão se conhecendo, imiscuindo-se um no outro.
Pretende-se uma pessoa estese e correta. Entretanto tem sérias dúvidas de conseguir vir a sê-lo. As vicissitudes familiares o deslocam de seu eixo; mas, de algum modo, sabe que sua admiração pela vida está ativamente imbricada pela sua paixão. Assim, luta, pois sabe que ao mesmo tempo em que segue o caminho, não tem todo o tempo de que gostaria para fazê-lo. O que persegue? Um prêmio? O seu prêmio é conseguir alcançar o meio de legar à sua descendência uma possibilidade de imortalidade essencial. Alma.