A quietude do manguezal contrasta com o mundo aquático que se movimenta sob ele em constante ebulição pulsando e expelindo bolhas de ar para a superfície. Desde micro-organismos até enormes tubarões, vários espécimes passeiam pelo estuário à procura do âmago da vida. Como não poderia deixar de ser, o homem também se mistura ao meio, porém o que o difere dos demais é a sua essência. João Inácio não estava ali como mais um ente à procura de iguarias. Era sim um elemento transformador. Podia não ter força suficiente para modificar a natureza, mas reunia capacidade de transmudar o seu próprio destino. Essa capacidade já foi bastante, para que, em outros tempos, um só homem revolucionasse o mundo.