A realidade dos artesãos de um importante polo de produção de peças de barro – o Alto do Moura, em Caruaru – analisada a partir das contradições do cenário atual e do tensionamento entre caminhos autorais e possibilidades comerciais. Neste livro, o pesquisador Márcio Sá conduz uma reflexão sobre alguns aspectos da sociedade contemporânea agrestina, sobretudo no que diz respeito ao artesanato enquanto trabalho. Os dilemas dos que são reconhecidos ou se reconhecem como discípulo de Mestre Vitalino são muitos. Desse modo, o autor apresenta os desafios experimentados nesse ofício atualmente, questionando-se se a comunidade artesã do Alto do Moura terá condições de manter sua tradicional relação com o barro ou se esta será descaracterizada pela modernização periférica e a individualização dos interesses próprias do nosso tempo.