Parte-se, no primeiro capítulo, de cunho historiográfico e filológico, de uma apresentação positiva do século XIII na Itália e do contexto do mecenato, passando por um status quaestionis sobre estética medieval e S. Boaventura, no qual se apresenta as suas obras Itinerarium Mentis in Deum, o argumento central da De Triplici Via, alias Incendium Amoris e o contexto histórico da Legenda Sancti Francisci, para evidenciar a recepção desses escritos em Giotto e Dante. A seguir, apresenta-se a historiografia sobre S. Francisco em Jacques Le Goff e em Auerbach; averígua-se o que seja alegria e pobreza nos Escritos de S. Francisco e nas Fontes Franciscanas; vai-se à análise de Massimo Cacciari sobre as ocorrências de tais conceitos nas representações sanfrancicanas, de Dante e de Giotto e chega-se à reflexão do motivo da cruz como ponto de intercessão da pobreza e da alegria. O capítulo seguinte discorre sobre a recepção da figura de S. Francisco na Commedia, de Dante, e sobre a novidade dessa representação. Ademais, expõe-se a biografia de Dante no seu contexto político; segue-se para a apresentação de aspectos da literatura dantesca conforme o intelectual italiano Francesco de Sanctis, na sua História da literatura italiana; evidencia-se a representação de S. Francisco na Commedia, sobretudo em Paradiso XI, e se conclui com a reflexão sobre o motivo da cruz nessa obra. O último capítulo trata da representação de S. Francisco nos 28 afrescos de Giotto no ciclo, da Basílica Superior de Assis. Nele, se ressalta a biografia de Giotto no seu contexto cultural; averígua-se, na representação pictórica de S. Francisco, no mencionado ciclo giottesco, as representações dos motivos de alegria e pobreza e a presença do motivo da cruz; culmina-se com hermenêuticas desses motivos nos afrescos do ciclo: Francisco escuta o crucifixo de São Damião, o Natal em Greccio e a recepção dos estigmas.