Esta nova edição de um dos romances mais experimentais da literatura brasileira publicados durante a ditadura civil-militar, chega com um capítulo inédito, suprimido da Versão Cor-de-rosa de 1974.
O livro traz um desfile de protagonistas, que são sempre o mesmo: Agá. Para além da homonímia, as narrativas se entrecruzam em sua autonomia, compondo um caleidoscópio, desdobrado quase como em realidades paralelas, nas quais o realismo mágico e a ficção científica dão cores particulares à ficção brasileira. Agá é um livro híbrido, com a exploração de diferentes gêneros, incluindo a linguagem das HQs. Confessional, grotesco, delirante, erótico, violento e sarcástico, Agá mantém-se atual, é um vertiginoso romance que transcende o exercício estético e o conceito de autoficção, a partir de diversos olhares sobre o horror das ditaduras latino-americanas, em especial da que assolou o Brasil, Hermilo reflete, enfim, sobre a condição humana diante da brutalidade.