Em Afromarxismo: fragmentos de uma teoria literária prática, Luiz oferece uma reflexão materialmente dialética sobre o estado de coisas no mundo. Com doses de ironia, à la Marx, Luiz reacende no leitor a ideia do "revide" negro. Aborda o problema da identidade como algo político e urgente, e que necessita ser lido através da lógica da reprodução social capitalista. Uma leitura de tirar o fôlego, que provoca, mas que estabelece diálogo permanente mesmo com quem, talvez, ache radicais as ideias apresentadas. O autor rechaça o pensamento intelectual preso à redoma de uma história universal eurocêntrica que nos relega, em especial negros e negras, ao lugar de complemento.
O livro é necessário diante de armadilhas como a venda de um "capitalismo humanizado" supostamente antirracista; na análise, Luiz nos previne de tal superficialidade. É sobre morte e vida: a morte do pensar livre versus a inquietude viva de Luiz. Ele troca com louvor a lâmpada do marxismo dominado pela branquitude e toma a ferramenta com o objetivo de mudança social. Em 2022, Afromarxismo: fragmentos de uma teoria literária prática é um enfrentamento ao mofo da intelectualidade das redes sociais e uma arma para a morte do fascismo.
"Ele escreve sobre o texto contemporâneo, ponderando conclusões para aquele que acredita tê-las e incendiando desejos naqueles que podem não tê-los."
Luciany Aparecida, Revista Brasileira de Literatura Comparada
"O escritor, editor e pesquisador da USP Luiz Mauricio Azevedo busca tornar visível o que foi invisibilizado."
Úrsula Passos, Folha de S. Paulo
"Para Luiz Mauricio Azevedo, a construção de uma crítica literária voltada à produção de negros e negras é algo que se faz com sangue nos olhos."
Igor Natusch, Jornal do Comércio
"Ele, Azevedo, escreve para os críticos e para a universidade; dialoga com os pares, impõe-se pelo rigor técnico, pela honestidade intelectual, pelo desprezo aos conchavos, pelo entusiasmo do pensamento crítico, em fim de contas."
Cidinha da Silva, Geledés
"Azevedo localiza a crítica literária como uma área em crise, embora ele demonstre com clareza e objetividade a possibilidade da superação desse impasse por meio do corajoso exercício da crítica da crítica."
Roberta Flores Pedroso, Zero Hora
"Enquanto prática discursiva que confronta o status quo, a escrita de Luiz Mauricio Azevedo visa fraturar o habitual, o ordinário, no sentido mesmo daquilo se repete, que se faz presença fixa no pensamento instituído como norma."
Giovana S. Pinheiro, Literafro
"Luiz Mauricio tem a sabedoria de não entrar numa disputa conceitual em abstrato: todos os textos focam em objetos específicos."
Luís Augusto Fischer, GZH