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Africano

Africano

Sinopse

Africano: uma introdução ao continentedesconstrói a representação generalizada e caricata da África, reproduzida desde o final do século XIX pela indústria cultural e pelos meios de comunicação, e apresenta as várias maneiras com que os territórios africanos adentraram o século XXI.
A representação da África comumente difundida no Ocidente costuma ser de três tipos: natureza selvagem, cultura exótica e tragédia humana. Em pleno século XXI, o continente africano é assim representadoem filmes, desenhos animados, quadrinhos, literatura e noticiários ocidentais. Além disso, os currículos das escolas e universidades, sobretudo brasileiras, não fizeram o que podiam para promover um estudo consistente sobre a complexidade natural, histórica, filosófica, social, cultural, política, econômica e geográfica no continente.
No processo de escrita dessa ampla e acessível introdução ao continente africano, Kauê Lopes dos Santos partiu da leitura e análise de diversos documentos, produzidos principalmente por africanos e africanistas, e fontes variadas, como livros, artigoscientíficos, legislações nacionais, relatórios setoriais, poesias, produção cultural de massa, além de seus trabalhos de campo – realizados desde 2010 – em vários territórios do continente. Algumas das suas conversas ocasionais, entrevistas, fotografias, densas descrições e vivências nesses espaços estão registradas neste livro, com um ensinamento vívido e ilustrado da sua experiência em cada território.
Africano não busca fazer uma espécie de inventário enciclopédico sobre cada um dos 54 países da África, e sim adentrar o universo das transformações políticas, das condições físico-naturais e das questões ambientais, do dinamismo econômico contemporâneo e da complexidade cultural que permeia o continente. Respeitando as particularidades de cada espaço, Kauê Lopes dos Santosnarra episódios de suas viagens por vários países africanos e aborda também aquilo que é comum na maneira como esses países historicamente se organizam e se integram ao mundo. Ao tratar de grandes temas, esta obra procura deixar ainda mais evidente que a África tem muitas "terras únicas", com vários – e grandiosos – futuros possíveis.