Os conflitos surgiram inevitavelmente das interações sociais, refletindo o contínuo desenvolvimento da sociedade humana. Nesse cenário, o Direito se estabelece como a ciência responsável por regular essas relações e promover a pacificação social, sem se restringir ao Poder Judiciário. Cada conflito é único e irrepetível, exigindo um tratamento que considere as necessidades específicas das partes envolvidas, demandando uma advocacia preparada para gerenciar esses desafios. No entanto, essa trajetória ignorou as particularidades essenciais, resultando em soluções generalistas que veem a judicialização como a única alternativa. Essa abordagem contribui para a crise do Poder Judiciário, incapaz de lidar, eficientemente, com a quantidade e complexidade das demandas sociais. Em contrapartida, observa-se uma crescente tendência global à desjudicialização, apoiada por iniciativas como a Agenda 2030 da ONU e a evolução normativa no Brasil, que incentivam métodos alternativos de resolução de conflitos. Para cumprir sua missão constitucional de promover a justiça, a advocacia deve identificar soluções às particularidades de cada caso e fortalecer a gestão adequada do conflito. Amenizar os obstáculos que se apresentam é imprescindível. Essa transformação requer ações coordenadas entre instituições de ensino, poder público, entidades privadas e profissionais do Direito, visando à evolução da educação jurídica, à implementação de mudanças estruturais e à conscientização social.