Estarrecido pelos horrores da Segunda Guerra Mundial e chocado pelas injustiças praticadas pelos nazistas, comandados pelo cruel Adolf Hitler, Claudio Roberto Galvão aborda em Adolf Von Kraus: o nazista negro o preconceito e as injustiças produzidas pela barbárie da cegueira da ignorância. O jovem negro Adolf Kraus é um médico infectologista, filho de um alemão nazista e desertor refugiado no Brasil, com uma carioca negra, pianista, sambista e vendedora de cocadas. Após ser nomeado diretor geral da Secretaria de Saúde e Vigilância Sanitária da Barra de São João e, diante de uma epidemia de febre amarela, ele determina obrigatória a vacinação em todas as pessoas e animais da cidade, desagradando principalmente os ricos criadores de gado. Por ser negro, filho de um alemão e ter uma suástica tatuada em seu braço, feita na adolescência pelo seu pai, ele é acusado de ser também um nazista, o que o obriga a se impor e a reagir diante da injúria e ofensa sofrida.