Este não é um livro para ser comido inteiro. Em Minas a gente aprende que sopa quente, se come pela beirada. E a vida também. Acordis é um livro torto, íngrime e cheio de montanhas, cuidado para não tropeçar em algum sentido. Mistura fé, poesia, imagens e palavras. Não é para ser lido em jejum, aqui a gente sempre come algo antes de fazer verbo. Senta na beirada do fogão e assiste cada palavra como se estivesses em um velório. Tudo que está registrado nessas páginas já morreu um dia. Cordis, acordas, acordes, acordis.