O presente texto abrange o contexto do acompanhamento familiar realizado pelos técnicos operadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), buscando investigar as práticas e as metodologias de trabalho dos técnicos nos equipamentos do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) no município de Poços de Caldas, em Minas Gerais. Especial atenção foi dada às formas de intervenção que possibilitam o acompanhamento familiar proposto no Serviço de Proteção e Atendimento a Famílias e Indivíduos e no Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos, destacando as práticas que produzem autonomia às famílias vulneráveis e a produção de novos processos de subjetivação, fomentando a discussão para esse encontro e refletindo sobre a Psicologia e as políticas públicas. Para tal, são utilizadas as ideias de Gilles Deleuze e Félix Guattari e também as de Michel Foucault como marco teórico. Como instrumento de produção de dados foi usado não apenas a análise da implicação, que incluiu a escuta de profissionais responsáveis por lidar com demandas e desafios locais, promovendo discussões sobre a dimensão institucional (organização do trabalho, relações entre setores e equipes, interação com as famílias, relações de poder e impactos da pandemia), mas também a dimensão socioassistencial.