Primeiramente, preciso salientar que a saga contida neste livro é uma obra de ficção e que os acontecimentos narrados, envolvendo personagens como João Batista, Herodes, Pilatos, Caifás, Cristo, apóstolos do Evangelho e até o próprio Deus, estão postos, mantendo sempre todo o respeito, apenas com a intenção de evocar reflexões alternativas. Não há aqui nenhuma contestação da prática da fé e muito menos qualquer ofensa às crenças religiosas. Sob uma certa ótica, poderemos até encontrar o contrário, ou seja, uma ênfase aumentada da importância da fé. Viagens no tempo, como as que são narradas neste conto de ficção, poderiam ser o motivo do aparecimento, na antiguidade, de pessoas com sabedoria acima da média. A adoção de valores modernos , que conflitam com os valores que seriam adquiridos por pessoas que lá viviam, foi minha principal fonte de inspiração. O uso deste episódio icônico do evangelho, a Paixão de Cristo, foi justamente uma estratégia para tentar tirar as pessoas da mesmice e levá-las a fazerem as próprias reflexões.