A Civilização Ocidental, de caráter Patriarcal, vive um momento de crise. Esta crise é, fundamentalmente, uma crise de percepção, visto que nossa sociedade se ergueu sob os alicerces obsoletos de uma visão mecanicista de mundo, a qual resiste em abandonar e superar. A visão mecanicista se fundamentou nos princípios e valores da Revolução Científica, constituindo o paradigma mecanicista, e se concretizou na Era das Revoluções Industriais. No entanto, esta concepção de mundo possui um desequilíbrio estrutural, ao supervalorizar a razão, a autoafirmação, a dominação, a competição e a expansão, em detrimento da intuição, da integração, da parceria, da cooperação e da conservação. Foi necessário que a Física moderna superasse o reducionismo do paradigma mecanicista, reconhecendo a interdependência e as interconexões de todos os fenômenos, para que emergisse uma nova visão de mundo, reconhecida como paradigma sistêmico. A partir dos princípios desse paradigma, os cientistas puderam lançar um novo olhar sobre a vida, em consonância com os ciclos da natureza. Nesse sentido, as soluções para os problemas de nossa época são de ordem ecológica. Para que possamos reequilibrar a nossa civilização, devemos nos guiar pelo princípio da sustentabilidade.