À medida que a década de 1980 avançava, um controle cada vez mais centralizado era exercido sobre o currículo enquanto padrão global. Isso significava que padrões anteriores de construção e contestação ao currículo foram substituídos por um centralismo muito mais burocrático. A partir de então, a compreensão de disputas sobre o currículo e a distribuição deste seria uma empreitada muito mais sociológica e política. Em certo sentido, as disputas sobre a educação passaram de questões de construção e apresentação do currículo a questões de crença e pedagogia dos professores. Isso ocorreu porque a definição centralizada do currículo era um processo bastante oculto que não podia ser estudado ou desembaraçado da maneira anterior. Assim como o ponto de contestação passou da construção do currículo para a crença dos professores e a pedagogia em sala de aula, alguns pontos do estudo sobre o currículo também precisaram mudar, pois era nas disputas em sala de aula e nas disputas políticas escolares que poderíamos começar a entender como o currículo de fato estava sendo processado e transmitido. Logo, boa parte do meu trabalho passou da história do currículo convencional para um tipo de estudo muito mais concentrado na história de vida docente.