Editado por Fábio Esteves Aquele janeiro de 2011 começara como outro qualquer. Melhor até: a ausência de temporais afastava a preocupação de que algo seria capaz de alterar a rotina. O calor era a exceção, já que, após um início de ano de temperatura amena, a sensação térmica parecia ter ido à casa dos 40 graus na região. Era 10 de janeiro. Surpreendentemente, o dia seguinte voltaria a registrar menor temperatura. Estamos no dia 11, uma terça-feira. Dia como qualquer outro. O comércio recarregava as baterias para um novo ano, os estudantes de férias, pessoas teciam planos, enfim novas perspectivas. Naquele dia a Região Serrana adormeceu tranquila. As primeiras horas da madrugada do dia seguinte, porém, seria um divisor de águas para os municípios da região. Em poucas horas, mais de mil pessoas morreriam ou seriam consideradas desaparecidas, segundo dados oficiais. Cidades ficariam devastadas, e mais de 30 mil pessoas teriam de sair de suas casas. Pais e mães perderiam todos os filhos. Um caos.