As tragédias socioambientais nos levam a refletir sobre as relações e compatibilidades entre as fragilidades sociais e ambientais. Dessa forma, são inúmeros os questionamentos a respeito dos principais destinatários das injustiças ambientais e das articulações sistêmicas de vulnerabilização como instrumento de promoção do controle e da morte.
É a partir desses questionamentos que a tragédia de Brumadinho/MG, que ceifou a vida de centenas de pessoas, vitimou milhares de corpos e matou o rio Paraopeba, será analisada nesta obra. A bionecropolítica, pelas perspectivas filosófica e jurídica, nos auxiliará no difícil e doloroso entendimento dos "corpos matáveis" e da dinâmica de uma política socioambiental pautada em injustiças.