A Tradição Judaico-Grega na Antiguidade e no Império Bizantino
O diálogo entre fé, cultura e história ganha uma nova dimensão neste importante volume que lança luz sobre um capítulo frequentemente esquecido: o encontro entre a tradição judaica e a cultura grega desde a Antiguidade até o fim do Império Bizantino.
A tradição judaico-grega representa uma vertente singular dentro do judaísmo. Distintamente caracterizada pelo uso da língua grega e pelo engajamento com o pensamento helenista, ela marca o encontro entre dois mundos — o judaico e o greco-romano — cujos frutos são notáveis na teologia, literatura, filosofia e interpretação bíblica. Este livro traça esse percurso com profundidade, desde os primeiros contatos nos períodos helenístico e romano até a influência duradoura no ambiente bizantino.
Os autores James K. Aitken e James C. Paget homenageiam o legado do renomado Nicholas de Lange, um dos grandes estudiosos que reivindicaram a relevância desse campo acadêmico, há muito negligenciado. Ao contestar a visão de que a cultura judaico-grega desapareceu após o século I, os autores oferecem novas evidências e análises que demonstram sua permanência e impacto ao longo dos séculos.
A obra examina textos literários, descobertas arqueológicas, tradições rabínicas e traduções bíblicas — com especial atenção à Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento — revelando o intercâmbio linguístico e cultural profundo entre judeus e o mundo grego. Em vez de serem meros receptores passivos, os judeus helenizados contribuíram ativamente para a vida intelectual de seu tempo, moldando o pensamento religioso e social que viria a influenciar tanto o cristianismo quanto a cultura bizantina.
A Tradição Judaico-Grega na Antiguidade e no Império Bizantino é uma leitura essencial para estudantes e pesquisadores de estudos judaicos, história bíblica, literatura patrística, teologia, história da Igreja e língua grega. Uma contribuição indispensável para qualquer biblioteca acadêmica ou pastoral."