A obra fundamenta-se na hermenêutica filosófica de Hans-Georg Gadamer, propondo que a mediação transcende a mera aplicação de normas ou a busca por acordos. Por meio do círculo hermenêutico, da historicidade e da sincronicidade, a mediação é apresentada como um processo dialógico que desvela o ser, promovendo o autoconhecimento e o reconhecimento do outro. Diferentemente do processo judicial, que analisa o conflito sob a ótica da abstração jurídica, a mediação trabalha a lide sociológica, considerando desejos, emoções e subjetividades, permitindo que os mediandos sejam protagonistas na resolução de suas disputas.