Como instituição social, a escola é responsável pela socialização dos personagens que convivem nela, que são os alunos e alunas, e neste ambiente se estabelecem relações com crianças de diferentes culturas. A relação entre crianças brancas e negras em sala de aula pode levar a conflitos, segregações da criança negra, por conta do preconceito existente em nossa sociedade. Nesse sentido considera-se que as práticas pedagógicas caminham além das ações de planejamento e sistematização da dinâmica dos processos de aprendizagem, abrangendo caminhos além deles, para que se garanta o ensino de conteúdos e atividades pertinentes ao estágio de formação do aluno, criando nos mesmos instrumentos que mobilizem seus saberes construídos anteriormente em outros espaços educativos (FRANCO, 2015).
Nesse sentido, a discussão a respeito da importância de uma educação que leve em conta a diversidade étnica e cultural do povo brasileiro e da humanidade feita por Araújo e Giugliani (2014) mostra que a educação brasileira continua resistindo a inclusão da discussão sobre as relações étnico-raciais, as diferenças e a história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nas escolas e isso ocorre por conta de se persistir com o modelo eurocêntrico e monocultural de aprendizagem, no qual só se valoriza a história e a cultura hegemônica.