O objetivo desta obra é apresentar, tanto quanto possível, a rede de relações da tecnologia e da composição poética, e foi proposto no programa de Iniciação Científica do CCHSAE (Centro de Ciências Humanas e Sociais, Artes e Educação) da Universidade Cruzeiro do Sul, em 2003. Embora essas relações pareçam recentes, em razão do crescente desenvolvimento das tecnologias, no século XX, as conclusões demonstram que a tecnologia sempre esteve presente, de algum modo, como prolongamento das atividades humanas. Essa presença indiscutível parte da necessidade da tecnologia para a Educação, a Saúde e a Política, como fator de inclusão social e digital, desde o lápis, passando pelos recursos tecnológicos nos processos da produção artística e cultural, como, por exemplo, a holografia, chegando ao hipertexto literário eletrônico, onde encontra seu apogeu, na Literatura. O método desta pesquisa é predominantemente indutivo, com a caracterização de fatos e o estabelecimento de princípios e conceitos, nas relações dos indivíduos com os instrumentos para melhoria da qualidade na criação poética. O resultado é a desconstrução de oposições, tais como, arte x tecnologia, tecnologia x sensibilidade, tecnologia x criação; numa percepção de como os instrumentos tecnológicos, usados de forma coerente, isto é, como uma extensão da ação humana, e não o contrário, podem ser primais para a transformação dos paradigmas na interpretação da realidade ou na composição de seus retratos. Conclui-se, pois, que apesar dessa extensão, não raro, polêmica, pois pode sugerir a própria inércia, cabe ainda à humanidade, sendo composta de indivíduos cooperativos, independentemente dos recursos tecnológicos que tem à mão, o seu aprimoramento sociocultural.