O objetivo deste estudo foi a retomada das análises filosóficas de Arthur Schopenhauer sobre a música, presentes no § 52 de sua obra O mundo como vontade e como representação, e nas obras que dão seguimento e aprofundamento a este parágrafo, que são os casos do Tomo II de o Mundo e Metafísica do belo. Primeiramente, o estudo mostra a metafísica das artes schopenhaueriana a partir de sua obra magna, em que elabora um percurso com vistas a explicitar a relação existente entre a arte e a metafísica da Vontade (força irracional e cega). Vemos na obra magna de Schopenhauer, no livro terceiro, a apresentação de um panorama das diversas formas de arte até chegar ao último § (parágrafo), dedicado exclusivamente à música.
O pesquisador Bruno Pacífico fez a comparação entre a linguagem poética e a linguagem da qual a música se utiliza para, a partir daí, ser-lhe possível mostrar a distinção da poesia e da música presente nos escritos do filósofo de Frankfurt e, através desta comparação, alcançar a sua finalidade de expor a superioridade da música em relação às demais formas de arte. No último capítulo deste estudo é mostrado que há uma revelação imediata da Vontade (a essência do mundo) que a música proporciona ao ouvinte, visto que Schopenhauer propõe que ela própria (a música) também é a corporificação da essência do mundo e da vida, portanto, corporificação da Vontade.