Com base nas mais diversas fontes de informação, o renomado cientista político Moniz Bandeira analisa os acontecimentos que desde a dissolução do bloco socialista e a desintegração da União Soviética abalaram os países da Eurásia e ainda convulsionam o Oriente Médio e a África do Norte. Em A Segunda Guerra Fria, o autor defende a tese de que os Estados Unidos continuam a implementar a estratégia da full spectrum dominance (dominação de espectro total) contra a presença da Rússia e da China naquelas regiões.
"Importante contribuição da obra de Moniz Bandeira é a revelação documentada de que as revoltas da Primavera Árabe não foram nem espontâneas e ainda muito menos democráticas, mas que nelas tiveram papel fundamental os Estados Unidos, na promoção da agitação e da subversão, por meio do envio de armas e de pessoal, direta ou indiretamente, através do Qatar e da Arábia Saudita", afirma o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que assina o prefácio do livro. Moniz Bandeira aprofunda, desdobra e atualiza as questões apresentadas em outro livro de sua autoria – Formação do Império Americano (Da guerra contra à Espanha à guerra no Iraque), lançado em 2005. "Em face das revoltas ocorridas na África do Norte e no Oriente Médio a partir de 2010, julguei necessário expandir e atualizar o estudo. Tratei de fazê-lo, entre e março e novembro de 2012, em cima dos acontecimentos, i.e., ainda quando a história fluía, sempre se renovando, passando, como as águas de um rio", afirma o autor. Considerado o mais importante especialista brasileiro em relações internacionais, Moniz Bandeira faz uma análise da situação do Brasil na conjuntura internacional. Ele fala sobre o surgimento de possíveis obstáculos para a formação de um bloco sul-americano e faz alertas, como a necessidade de deter a evasão de divisas promovida pelos capitais especulativos e a necessidade de o país ter competência militar para se defender e dissuadir.