A secretária de Borges tem imaginação, estilo e consistência. Imaginação porque as tramas, quase sempre engenhosas - ainda que em diferentes níveis de complexidade -, se solucionam com desenvoltura. Estilo porque a linguagem, rápida e direta, é bem tecida, sem frouxidões e revela a busca pela palavra exata e pela expressão o mais funcional possível. E consistência porque os personagens (por sinal, quase sempre mulheres) se impõem com diálogos, pensamentos e sensações que se desenvolvem naturalmente.